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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Catimbó

[DSC03914.JPG]Catimbó[DSC03914.JPG]

Catimbó é uma pratica mágica baseada no Cristianismo de onde apóia toda a sua doutrina religiosa. O Catimbó não inventa Deuses ou os importa da África porque não faz parte das religiões afro-brasileiras. Isto pode parecer polêmico, mas, o Catimbó não é afro, não é Candomblé e não é a Umbanda como se conhece comumente, mas pode ser considerado uma manifestação de Umbanda.
Catimbó não é uma religião ou seita. Podemos de considerá-lo um culto, uma vez que não encontrarmos os elementos estruturados que são característicos, como os fundamentos religiosos próprios, com liturgias e dogmas. O Catimbó se apóia totalmente na religião católica, apesar de guardar um pouco das práticas pagãs, vindas da bruxaria européia.
Ele pode se parecer um pouco com a Umbanda, mas, nem um pouco com o Candomblé. A semelhança com a Umbanda é devido ao trabalho com entidades incorporadas. Entretanto, os Mestres do Catimbó possuem uma teatralidade de incorporação muito típica e discreta, e o Catimbó esta longe do “ trabalho de palco” da Umbanda. Outra infeliz coincidência é a presença da entidade Zé Pelintra que no Catimbó é dito como mestre e na Umbanda é muito cultuado como Exu e malandro. Catimbó não é a Umbanda que você conhece!
O Catimbó tem uma raiz índia que foi se perdendo com o tempo. Não há dúvida que o Catimbó é Xamanista com muita práticas de pajelança, mas, não é baseados em Caboclos e sim em Mestres, apesar de os Caboclos também terem participação. O Catimbó não é muito diferente ou melhor do que estes cultos que citamos, não podemos dizer inclusive que suas entidades sejam de nível superior, pelo contrário, sob o ponto de vista espírita-kardecista são ainda entidades de baixa energia e que guardam muitas referências com a última vida que tiveram em "terra fria".
No Catimbó faz se o bem, através de curas, problemas sentimentais, mas, também o mal, dependendo da cabeça de que o dirige, infelizmente, como em outras práticas. O Catimbó é influenciado pela feitiçaria européia de onde adotou várias práticas.
O Catimbó é uma reunião alegre e festiva quando em sua forma de roda (ou gira), mas, pela falta da corrente doutrinaria formal vários formatos serão encontrados, dependendo da “ ciência”, vidência, maturidade e ética de quem o dirige e realiza, podendo ser práticas bem soturnas O Catimbó e as religiões Afro-Brasileiras
O Catimbó não está ligado aos Orixás africanos. No Catimbó trabalham os Mestres, que foram pessoas que viveram e ao morrerem se "encantaram". Geralmente os mestres são ex-Catimbozeiros. O Catimbó não era cultuado na África e o Catimbó não cultua os Orixás das nações, de forma que os Mestres não lhes fazem ou devem obediência hierárquica. É claro que se o consulente ou o discípulo já for do Povo de Santo então existe um enredo, fundamento maior que o Catimbó, que deve ser respeitado devido ao nível espiritual maior dos Orixás.
Catimbó não é umbanda e se desenvolveu de forma paralela e independente. O Catimbó encontrou a umbanda nos grandes centros e ao receber pessoas que se desenvolveram na Umbanda, estas podem passar a receber suas entidades também no Catimbó, principalmente os Cablocos e Exus. Pelo mesmo processo no qual as pessoas que atuam na Umbanda vão agregando ao seu ritual prática de outros que eles encontram, o Catimbó foi confundido com a Umbanda.
De fato existem algumas similaridades na forma entre um e outro, mas a essência é outra. Considerar o Catimbó uma forma de umbanda, pode ser uma simplificação grosseira ou até mesmo um preconceito. O Catimbó é uma manifestação puramente Brasileira sem a importação de africanismos.
Mas até certo ponto esta confusão é justificável, ainda mais partindo da base de quem escreve sobre estas manifestações é de grandes centros e nestes locais vai encontrar muitas vezes os mestres misturados com os cablocos e exus de Umbanda.
Mas o Catimbó é bem diferente das religiões afro-brasileiras. Todo o trabalho e a força do Catimbó esta na Fumaça, e nas ervas, sendo o fumo, especialmente preparado, a sua forma primária de trabalho. O Catimbó não "arria" trabalho no chão de a sua magia vai pelo ar, no tempo, junto com sua fumaça. Muitos tem, com razão o que temer do Catimbó, mas, pessoas do bem nunca devem temer a ninguém.
No Catimbó São Pedro é São Pedro e não Xangô. Santo Antônio é Santo Antônio, Santa Terezinha é Santa Terezinha e assim por diante.
O Catimbó cultua ervas, símbolos e santos católicos, mas se tivermos que caracterizar qual é o principal objeto de culto não ha dúvida que são as ervas. O Catimbó tem como principal elemento a árvore da Jurema e todos os Mestres tem um erva de fundamento.
É claro que podem dizer que o Candomblé também é fundamentado em ervas e sem erva não se faz santo, mas, observe que apesar de importante as ervas (Ewé) no Candomblé, estas são um dos elementos que compõe o fundamento de cada Orixá. No Catimbó este é “o elemento” principal.
O Catimbó é o culto à Jurema
O Catimbó é o verdadeiro e único culto a árvore da Jurema.
A jurema é um arvore que floresce no agreste e na caatinga nordestina. Da casca de seu tronco e de suas raízes faz-se uma bebida mágico sagrada que alimenta e dá força aos “ encantados do outro mundo” . Acredita-se também que é essa bebida que permite aos homens entrar em contato com o mundo espiritual e os seres que lá residem, mas o Catimbó existe sem que seja necessário fazer ou beber a Jurema, Catimbó não é Santo Daime. Tal arvore é símbolo e núcleo de várias práticas mágico-religiosas de origem ameríndia. De fato, entre os diversos povos indígenas que habitaram o Nordeste, se fazia e em alguns deles ainda se faz o uso ritual desta bebida.
Este culto se difundiu dos sertões e agrestes nordestinos em direção às grandes cidades do litoral, onde elementos das ouras matrizes étnicas entraram em cena. Desse modo, o símbolo da árvore que liga o mundo terreno ao além, embora amarga (muito amarga...), dá sapiência aos que dela se alimentam, ganha novos significados, surgindo um mito com traços cristãos. Neste sentido a Jurema surge como a árvore que escondeu a “ sagrada família” dos soldados de Herodes, durante a fuga para o Egito, ganhando desde então suas propriedades mágico religiosas.
Onde Jesus descansou,que dá força e “ ciência”,A jurema é um pau sagrado,ao bom Mestre curador.
Ainda nessa perspectiva, juntaram-se na constituição desta forma de religiosidade popular outros elementos de origem européia como a magia e o culto aos santos do catolicismo popular.
Apesar de encontrarmos nos pontos de Umbanda a referência a Jurema é o Catimbó que tem a Jurema como o centro e principal elemento de seu culto. Cultos mágicos assemelhadosPajelança
Não se pode falar em Catimbó sem se referir à Pajelança. Ambos se identificam, muito embora em regiões diferentes. A Pajelança é uma forma de religião praticada no Amazonas, Pará e Piauí.
Sua prática reúne uma mistura heterogênea de rituais de várias outras religiões. Nela são encontrados ritos de Candomblé, Xangô, Catimb´, Espiritismo, Catolicismo e práticas de origem indígena.
Nas suas reuniões, o Pajé e as demais pessoas presentes bebem o tafiá (cachaça), enquanto o chefe dirigente se prepara para atender aos consulentes.
Após a invocação dos encantados que baixam, é feita a indagação da causa dos males que afligem este ou aquele filho. É também procurada a puçanga (receita) indicada para cada caso.
Os encantados que receitam, geralmente, são almas de animais que encarnam no Pajé. Caso oesse encantado não conheça o remédio eficaz, indica qual o meio a seguir.
O pajé sua sempre na mão o maracá e um feixe de plumas de ema. O único instrumento musical usado na Pajelança é o maracá que se transformam em instrumento mágico quando manejado por ele. Toré
O Toré de origem ameríndia, onde as pessoas buscam remédios para sua doenças, procuram, conselhos com os cablocos que baixam. O Mestre defuma receita aconselha. Certamente é o mesmo Catimbó dos arredores dos hrandes cenros nordestinos, onde destituídos de melhores pndições financeiras procuram-no como oráculo, para minorar seus penares e desditas.
No Toré não são invocados espíritos brancos, isto é, espíritos de pessoas que morrera. No Toré baixam só caboclos e tmbém alguns juremados. Juremado é o que está nos ares, quado ainda vivo bebeu jurema ou ao morrer estava sob uma juremeira. O juremado é um espírito em caboclizaçãoo que o torna não perigoso.
Terecô
È a denominação dada à religião afro-brasileira tradicional de codó. Além de muito difundido em outras cidades do interior e na capital maranhense, o terecô é também encontrado em outros estados da federação, integrado ao tambor-de-mina ou a umbanda.
Em Codó tanto no passado como na atualidade alguns terecozeiros ficaram também famosos realizando trabalhos de magia por solicitação de clientes ávidos por vingança, de políticos ou de pessoas dispostas a pagar por eles elevadas somas o que lhe valeu fama de terra do feitiço. Afirma-se que neste trabalhos e práticas terapêuticas os terecozeiros associam à sabedoria herdada de velhos africanos entos indígenas, práticas do Catimbó e da feitiçaria européia e que também apóiam no tambor-de-mina, na umbanda e na quimbanda que se encontra em expansão no codó.
Assentamentos
O principal assentamento de uma casa é a Jurema Preta. O correto é a casa ter uma Jurema plantada em seu terreno ou até mesmo dentro da sala de culto. Na falta de condições de se fazer isso então um tronco de jurema, preparado pelo mestre principal da casa deve ser colocado ou “assentado” debaixo da mesa de Jurema, dentro de uma vasilha de barro ou de louça, ficando escondido pela toalha da mesa. O que se coloca nesta vasilha e tronco diz respeito exclusivamente ao mestre da casa
O assentamento individual dos mestres é composto por pincipes e princesas que ficarão sobre a a mesa. As princesas são vasilhas redondas de vidro ou de louça dentro das quais é preparada a bebida sagrada e onde, em ocasiões específicas, são oferecidos aliments ou bebidas aos encantados. Os príncipes são taças ou copos, que normalmente estão cheios com água e eventualmente com alguma bebida do agrado da entidade. É comum ver nas mesas mais elaboradas uma complexa arrumação onde entra na composição príncipes, princesas e troncos.
O príncipe ou princesa é a menor unidade de simbolização de uma entidade espiritual. Todo juremeiro deve ter ao menos um destes dedicados ao seu Mestre e assentado em sua mesa. Contudo de acordo com a disponibilidade financeira, pode-se constituir todo um estado espiritual (conjunto de cidades dominadas por uma determinada entidade). Confecciona-se um estado através do uso de uma princesa tendo ao seu centro um príncipe e em seu derredor mais seis deles. Para complementar este artefato entraria o tronco da árvores sagrada, que pode ficar no centro da mesa ou embaixo dela.
Princesa (bacia de louça) não é colocada diretamente sobre a toalha de mesa e sim numa rodilha de pano não servido, limpo, virgem e são. Diante do Mestre fica um crucifixo, à esquerda a chave de aço (virgem) de qualquer uso, limpinha e reluzente, infalível e indispensável para abrir e fechar as sessões e simbolicamente o corpo dos consulentes. Recorda a bruxaria européia a santa chave do sacrário, furtada para uso no feitiço.
Para alguns é no tronco que estaria o verdadeiro segredo de uma jurema plantada. Portanto eles argumentam que esta deveria estar longe dos olhos dos curioso, normalmente embaixo da mesa ou em algum lugar mais reservado. Como adverte uma das cantigas:
A ciência da jurema,todos querem sabermas é feito casa de abelhas,trabalho que ninguém, vê.
O assentamento de mestres é feito através de 2 caminhos. O primeiro é que geralmente um mestre é assentado em uma arvore ou arbusto próximo a casa do Catimbozeiro. É ai que o mestre é cultuado, na raiz da planta em um processo similar (mas não igual) a um tipo de assentamento de Exu no Candomblé. O mestre está ligado a raiz e a força da folha. O segundo é através das princesas onde é colocao a sua raiz e onde eventualmente serão colocadas oferendas que irão "alimentá-lo", que podem ir de bebidas e fumos, até mesmo a peixes e caças leves. Neste caso este assentamento é feito com a raiz do mestre.
Preparação de Cachimbos
O cachimbo é o instrumentos mágico ritual por excelência do Catimbó. É tão importante quanto o caldeirão e o Athame na bruxaria, o Adjá no Candomblé e a tuia a Umbanda.
A magia do catimbó vai pelo ar, na fumaça. O Catimbó é uma pratica “enfumaçada”. Tudo se resolve na fumaça e o Cachimbo e seu fuma, a marca, são os instrumentos que representam isso.
O cachimbo é elaborado usando materia prima natural. É feito a partir de troncos ou galhos de arvores sendo principalmente da Jurema Preta, mas cada mestre pode pedir um cachimbo de sua arvore-raiz ou arvore-fundamento. O cachimbo é entalhado na madeira sendo na sua forma final tosco, mas, ao mesmo tempo bonito. Não cabe no Catimbó mestres usando os cachimbos comerciais como acontece ne Umbanda com os pretos-velhos. Cachimbo de mestre é feito e não comprado!
A elaboração de um cachimbo não é uma atividades corriqueira sendo que é comum cachimbos que foram feitos por pessoas iniciantes ou sem o poder mágico adquirido para isso se racharem com os primeiros usos. Como todo instrumento sacro fazer um cachimbo requer concentração, reza, o uso de alguma ervas ou mesmo, dependendo o tipo de cachimbo enterrá-lo durante algum tempo junto a raiz de algum árvore, arbusto ou planta que tenha significado com o uso a que se destina ou o mestre que o utilizará.
Cada discípulo do Catimbó poderá ter 2 cachimbos, que serão usados por todos os seus mestres, mas, eventualmente mestres diferentes poderão vir a ter cachimbos diferentes com um mesmo discípulos. Os dois cachimbos são um para o uso de fumaça às direitas e o outro às esquerdas.
Ambos os Cachimbos para poderem adquirir sua finalidade ritual, se transformando assim em um objeto sacro do Catimbó deverão ser consagrados. Este é um ritual simples onde o Mestre principal da casa deve consagrar os cachimbos para o seu uso pelo discípulo no Catimbó, diferenciando assim este cachimbo de um outro comum.
O cachimbo de esquerda por requerer um ritual mais elaborado do que o de direita, bem como um discípulo só poderá ter e usar um cachimbo de esquerda quando tiver maturidade e evolução do seu poder mágico para poder trabalhar com este nível. Um cachimbo de esquerda só é usado em ocasiões especiais e normalmente é feito com secções de galhos ou pequenos troncos de jurema preta, que conservam a casa original e os espinhos, se possível assim obtê-lo.
Como dissemos os cachimbos são especializados. Assim para os trabalhos normal se usa o cachimbo da direita e para as mesas abertas às esquerdas ou quando se trabalha na esquerda, seja mandando ou se defendendo o cachimbo de esquerda é o usado. Existe ainda um cachimbo especial, chamado estrela, que possui 1 caldeira e 7 canudos. É um cachimbo de esquerda e muito forte. Somente discípulos antigos e evoluídos em sua força mágica podem tê-lo.
Os cachimbos são individuais e contém o Axé de cada discípulo e mestre. Não se empresta cachimbo para outros. O Fumo do cachimbo pode ser o elemento de defumação do ambiente dispensando assim o uso de defumadores.
Um cachimbo, sendo um objeto sacro deve ser manuseado e guardado com cuidado. Não se deve emprestar o cachimbo para os outros não se deve deixá-lo em qualquer lugar, normalmente ele estará na mesa de Jurema ou em um saco de pertences, afastado da vista ou da manipulação de outros que não o próprio dono. Cachimbos não devem ser perdidos ou abandonados. Se não se vai usa-lo deve ser “despachado” na mata para se encerrar o seu significado ritual.
O uso dos Cachimbos
O discípulo usa o seu cachimbo para curar doenças, chamar Mestres e mandar os seus feitiços. Neste ponto uma grande diferença dos ritos africanos onde coloca-se o trabalho no chão. No Catimbó ele vai pelo ar na fumaça do cachimbo. O cachimbo é soprado pelo contrário e a fumaça é lançada através do ante-braço direito ou esquerdo queimando por sobre a pele.
Usa-se o cachimbo para mandar uma “fumaça” de esquerda ou direita. Para se mandar uma fumaça usa-se um procedimento simples, mas, ritual. A fumaça é mandada soprando-se o cachimbo ao contrário por sobre o ante-braço. A boca é colocada no caldeirão e supra-se o ar forçando a sua passagem ao contrário de forma que ele saia pelo canudo. O Ar deve sair quente, queimando, no braco e com a mão espalmada, mas, com os dedos juntos se direciona a fumaça.
O processo começa se soprando com o braço apontado para o chão e gradativamente vai se subindo o braço até que ele aponte para o céu. Deve-se iniciar o processo se concentrando no que se quer fazer limpando a mente de todo o resto. Quando se chega ao final, conclui-se batendo o pé esquerdo no chão e dizendo-se o que se quer.
Este processo é feito com o braço esquerdo quando se manda uma fumaça às esquerda e com o braço direito quando se manda uma fumaça à direita. A força do discípulo é medida pela eficiência que a Jurema responde a sua fumaça, ou seja, ao fato da fumaça encontrar o seu destino e provocar o sei efeito. Este processo é feito pelos mestres e também pelos discípulos sem os mestres acostados.
Um bom catimbozeiro pode também mandar uma fumaça de forma mais discreta. Em alguns lugares ou ocasiões não se pode fazer este processo de maneira que existe outra forma mais discreta. Esta consiste de fumando o cachimbo da forma habitual, se soprar a fumaça ao invés de sugá-la. A fumaça vai sair pelo caldeirão do cachimbo. Faz-se isso com mais calma, pensando no que se quer e mandando assim a fumaça ao seu destino. Normalmente se uso para mandar fumaça para pessoas que estão no mesmo recinto e não se quer mostrar que está fazendo isso.
Antes de começar a usar o cachimbo convém fazer um pequeno ritual de abertura. Depois de acendê-lo, Joga-se fumaça para os 4 cantos, iniciando-se, pelo norte e depois oeste, sul e leste saudando os 4 guardiões do tempo. Termina-se jugando fumaça para o centro e acima e pisando-se com o pé esquerdo chamando pelo mestre que se quer ter junto no trabalho.
Usa-se o cachimbo nos processos de cura e de limpeza astral de visitantes. Neste caso usando o mesmo processo de soprar a fumação ao contrário joga-se a fumaça no visitante somente na sua aura (em volta do corpo) e não diretamente nele. O processo começa pelo pé e segue por todo o corpo, por sobre a cabeça até chegar no outro pé. Isto é feito primeiro de frente e depois de costas. Quando é feito de costas, após de circundar toda a pessoa com a fumaça, joga-se fumaça diretamente sobre ela, iniciando do pé, subindo pelas pernas e costas até a cabeça. Termina-se com a mesma batida com o pé esquerdo.O cachimbo pode também defumar ambientes, neste caso, se posiciona no centro do local, com o cachimbo voltado para cima e soprando-se ao contrario, faz-se um circulo completo no ar espalhando a fumaça pelo ambiente a partir do centro.
O catimbozeiro também pode usar o cachimbo para se limpar, se auto-defumar. Neste caso vai soprar ao contrário em circulo, numa espiral, iniciando do seu próprio pé se subindo em sentido anti-horário até fazer um circulo de fumaça por sobre a própria cabeça.
O Cachimbo no Catimbó é como o Igba no Candomblé. É através dele que conversamos com nossos mestres e com a Jurema. Para ser ter força no Catimbó deve-se usar o Cachimbo continuamente, acendê-lo todos os dias à noite em momentos de tranquilidade fumando e conversando mentalmente com os mestres

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