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sábado, 25 de junho de 2011

Auto Estima e Sombra Interior

Auto - Estima e Sombra Interior

Comece sentando - se em uma posição bem confortável, eleve seus pensamentos ao
TAO, sintonize sua mente com algo mais elevado, quebre as barreiras do
condicionamento emocional - mental que o dia - dia o leva. Primeiramente imagine
que você está se dando um belo sorriso, como que sentado a frente de um espelho.

Essa é a antiga prática taoísta do sorriso interior, e é fantástica. Sorria para
você, e visualize na sua imagem (refletida) um cristal brilhado bem no centro da
testa. Concentre - se nessa imagem, e medite sobre ela. Digo para meditar não
para "forçar a mente". Meditação é algo suave, calmo, sua mente parece que
trabalha em outro estado de consciência. É algo natural...

Com essa técnica combatemos a falta de auto - estima das pessoas. Existem
pessoas que arrastam - se na vida, tristes por não serem aquilo que desejam, ou
outros que por trás de uma cara alegre, escondem alguém com grandes problemas
de aceitação. O TAO está em tudo, em vocês também. Mas como é difícil entender
isso, não é mesmo? E colocar em prática então...

Algumas pessoas "despencam" por se cobrarem demais, outras se punem a todo
momento. Muitas, com a falsa máscara da humildade, apenas se enganam, pois em
seu íntimo a humildade não fez morada, enfim, todos desperdiçam enumeras
oportunidades apenas por não confiarem no próprio potencial.

Por isso essa prática é tão importante, ela te mostra como você pode ser feliz,
como existe uma jóia preciosa dentro de você! Respire fundo, encha os peitos com
o brilho dourado do CHI! Sinta - se parte do TAO, você é divino também...

E aproveitando esse clima que instala - se na sua mente, leve -a até o coração.
Visualize dentro dele um SOL, uma enorme bola de luz que brilha intensamente.
Ela expande - se por todo o seu corpo e logo não existe mais corpo, coração ou
espírito pois você é apenas brilho e luz. Mergulhe a mente nesse oceano de
serenidade do TAO, e sorria alegremente...

------------ x ----------------

Muitas pessoas vão se perdendo no meio da jornada espiritual. Confundem
conhecimento, que julgam possuir, com sabedoria. Mas entre o conhecimento e a
sabedoria existe um oceano de distância. Assim como entre a teoria e a prática.
Muitas pessoas falam, lêem as escrituras que contêm a sabedoria universal, mas
no seu dia - dia praticam pouco, quando não praticam absolutamente nada. O pior
é que vão reprimindo seus desejos, fogem de seus traumas e problemas, além de
irem julgando e condenando a todos que não dobram - se a suas "concepções
morais".

Isso é o mesmo que criar uma fera em um quarto escuro. Todo dia você bate com um
pau nela e lhe dá um pedaço de carne. Dentro de pouco tempo você criou um
monstro (uma sombra) tão grande, que ou você a enfrenta com muita força de
vontade, ou ela te devora! Mas o pior é que você provavelmente não terá coragem
de lutar contra si mesmo, e então começará a atacar as outras pessoas...

Tudo irá te irritar, e você ficará muito preocupado com a "sombra" (fera) dos
outros, mas não reparará nunca na sua. Os defeitos dos outros você também
apresenta, e isso o deixa enfurecido. Nada nunca estará bom, apesar de você
mesmo não fazer melhor. Começará a se isolar, com desculpas de que “isso" ou
"aquilo" não faz parte da vida de um verdadeiro espiritualista, mas tudo não
passará de fachada pela sua própria falta de capacidade. Vestirá a máscara da
falsa humildade, mas viverá apontando a soberba e o ego dos outros
(principalmente os mais próximos), nunca percebendo que essa atitude o auto-
condena.

Irá adorar as partes "moralistas" dos textos sagrados, pregando - os aos quatro
ventos. Cobrará dos outros uma postura que você mesmo já não tem com ninguém,
ficando cada vez mais sozinho. Começará a julgar as manifestações e experiências
espirituais dos outros como "falsa" ou "sem valor", achando que apenas as suas
(ou a falta delas) "são boas". Aos poucos esquecerá de ouvir o coração, não mais
se emocionará com a simplicidade do trabalho espiritual e, por fim, acabará
morrendo para a espiritualidade...

Mesmo que saiba os textos sagrados de cor, mesmo que leia todos os livros do
mundo, mesmo que estude sem parar, para a espiritualidade você estará morto,
pois esqueceu que todos temos problemas, que ser um trabalhador nas lides
espirituais é ser um ser humano como qualquer outro, que você tem uma parte ruim
em você mesmo, que ou você a entende ou ela te devora!

Por favor, não esqueçam, nunca virem as costas ou neguem seus instintos mais
baixos, suas depressões, tristezas, traumas, melancolias, etc. Mas também não as
deixe dominar - te, jogando - o na vala da tristeza e do desespero. Apenas viva
naturalmente buscando evoluir de acordo com as suas capacidades. Cada um tem o
seu tempo, respeite! Abandone a falsa pregação, a soberbia disfarçada de
humildade e o julgamento do próximo.

Substitua isso pela vontade de crescer, enfrentando a própria sombra, iluminando
- a com a luz do coração, disparando flechas douradas de discernimento e
apoiando - se nos braços luminosos e fraternos dos amigos.

Melhora a si mesmo, e melhorarás o mundo. Trabalhe junto com a espiritualidade,
dê um abraço fraterno em seus guias e SEJA FELIZ!

Fernando Sepe*

*OBS: Esses textos foram inspirados por um velho mestre chinês ligado a egrégora
taoísta

------------ xxx------------

"A Montanha da Sabedoria, com o pico da iluminação, fica além da planície do
Conhecimento. Antes dela, o pântano da Ignorância. A grande massa humanidade
fica presa aí, por desconhecer o segredo da passagem. Só se pode passar
volitando o pântano e raros querem abandonar à margem o peso do orgulho.

Só o Coração humilde tem asas".

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Desmistificando e Mostrando a Umbanda



Tenho comigo que hoje em dia a principal missão dos novos umbandistas, dos novos terreiros e principalmente dos novos Pais de Santo é mostrar a verdadeira Umbanda.
Uma Umbanda sem mistificações, adivinhações, oferendas vivas...
Uma Umbanda onde não se tem medo de ensinar, não se tem medo de aprender e principalmente sem medo de trabalhar...
Uma Umbanda onde todos são iguais, onde todos trabalham pela mesma causa e sem esperar nada em troca...
Uma Umbanda onde Senhor Tranca Ruas não é um obsessor e sim um anjo que de doa a cada momento...
Uma Umbanda onde a sabedoria indígena esta mais atualizada e forte do que nunca...
Uma Umbanda onde a simplicidade de um Preto Velho é vista como a mais perfeita sabedoria...
Pois bem, nos trabalhos de ontem (03-06) nosso Terreiro estava lotado de pessoas novas, que possivelmente chegaram ali por curiosidade...
Fico feliz, mas não de ver nossa casa cheia, e sim por ver que essas pessoas puderam ter uma pequena amostra do que é a nossa Umbanda... não podemos esperar que voltem, mas sim esperar que uma pequena semente foi plantada nessas pessoas...


- 7 - SETE - 7 -

Sete


Mais uma vez gostaríamos de ressaltar que não é nosso objetivo aqui passar "fórmulas mágicas" do tipo: "Sua vida vai mal? Faça um "agrado" prá seu Exu (ou Pomba Gira)".
Não meu amigo (a)... não é esta a nossa proposta. Muito pelo contrário... a nossa proposta é justamente ajudar a desmistificar tudo isto. É entrar na luta, junto com outros irmãos umbandistas sérios, independentemente da ritualística praticada, e mostrar que Umbanda de Verdade nada tem a ver com "trabalhinhos" que no final das contas só "agradam" a obsessores (kiumbas)... que podem até dar a você a falsa impressão de "melhora", mas estão apenas preparando o terreno para sugar suas energias mais tarde, cobrando cada vez mais e mais... pois são insaciáveis no seu desejo de fazer o mal. ISTO NÃO É NEM NUNCA FOI UMBANDA!
Lamento desapontá-lo(a) mas você não verá isso acontecendo em nenhum VERDADEIRO TERREIRO DE UMBANDA!
Não existe isso de que Exu tanto faz o mal como o bem e que depende de quem pede. Isso simplesmente não tem lógica alguma. Se não concorda me responda o seguinte: Como Orixá iria "colocar" Exu como Guardião se ele não fosse confiável? Se ele se "vendesse" por um despacho, por cachaça, bichos, velas e outros absurdos que vemos nas encruzilhadas?
Além do mais Exu não é idiota. Se até uma criança sabe o que é "certo" e o que é "errado" Exu não vai saber?
Exu e Pomba Gira são espíritos em busca de evolução e compromissados com a espiritualidade superior. Agora, o que tem de obsessor que se faz passar por Exu e Pomba Gira não está no gibi! E a culpa é de quem? Dos médiuns inviligantes e trapaceiros! Que usam a sua mediunidade a serviço do astral inferior!
Francamente!! São absurdos como esses que fizeram com que a Umbanda e os Exus e Pomba Giras fossem tão execrados por outras religiões!
Para começo de conversa, na Umbanda não há matança de animal e nem trabalho de amarração. Não fazemos trabalhos para trazer a pessoa em "X" dias de volta. Fuja correndo de quem cobra por consultas ou trabalhos. Na Umbanda não existe nenhum tipo de cobrança.
Não existe barganha na espiritualidade superior! Existe na inferior. Se você estiver disposto(a) a pagar o preço, que pague. Mas não diga que foi na Umbanda que você fez esse tipo de coisa. Mesmo que o dono do lugar se diga de Umbanda e se apresente como Pai no Santo.
Lembre-se sempre: a Umbanda é Caridade!



Tranca ruas das almas

Tranca ruas das almas (O Guardião dos Caminhos), não é demônio que muitos acreditam que ele seja. Sua atribuição é trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Não deseja ser amado ou odiado, mas apenas respeitado e compreendido.
Surpreenda-se com esse Mehi Guardião de Mistérios a serviço da Lei Maior!
“O Guardião Tranca Ruas pode ser tudo o que queiram, menos como tentam mostrar: Um demônio. Jamais foi ou é o que este termo deturbado significa na atualidade e nem o aceita como qualificativo das suas atribuições:
Trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Odeia os que odeiam, sente asco dos blasfemos, nojo dos invejosos, repulsa pelos falsos, ira pelos soberbos e pena dos libidinosos. Saibam que foi um dos Mehis que velaram a descida do “ACH-ME ou MISTÉRIO JESUS CRISTO”.
Assim é TRANCA-RUAS, Mehi por Origem, Natureza e Formação. Não importa a Religião que tens que guardar, pois nela, dela e para ela, Mehi, sempre será.”
Senhor Tranca-Rua das Almas, senhor do Sétimo Grau de Evolução da Lei Maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem luz, interceda no caminho de todos os filhos de fé, livrando-os de toda a energia que possa atrapalhar a evolução de todos os seres iluminados; fazei dos pensamentos uma porta fechada para a inveja, discórdia e egoísmo.
Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja contra seus semelhantes. Fazei dos nossos corações o mais puro que nossos próprios atos; Senhor (Pai) Tranca-Ruas das Almas agradeçemos por tudo que fizeste apren-der nesta vida e em outras que passamos lado a lado, rogo por vós a proteção, para os irmãos de fé, para toda a família e porque não para os inimigos Abençõe a guarde esses filhos que um dia entenderão o verdadeiro sentido da palavra Umbanda.
Muito grande, muito forte, Seu Tranca Ruas vem trazendo a sorte
Salihed, Mehi Mahar Selmi Laresh Lach Me Yê!
Saravá, Senhor Exu Guardião Tranca Ruas!
Saravá, Ogum Sete Lanças da Lei e da Vida!
Saravá Pai Ogum!
Saravá Mãe Iemanjá!
Saravá, Regente Oxalá!
Saravá, Umbanda!!!



POLÊMICA DOS CELULARES EM DISCUSSÃO


POLÊMICA DOS CELULARES EM DISCUSSÃO

         Nos últimos dias os meios de comunicação estão dando ênfase à possibilidade de que o uso de aparelhos celulares pode causar tumores e câncer nos usuários, anunciado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e comunidade Europeia.
         Para o Terapeuta Holístico e Radiestesista  Lourenço Dalla Rosa, é uma questão delicada e vai demorar para ser divulgada a prova final de que o uso de celulares provoca tumor e/ou câncer nos usuários. O maior problema é que é um tipo de poluição invisível e que o ser humano quer ver para crer.
         Na verdade temos diversas teses e comprovações de universidades, centros de pesquisas e de médicos que comprovam esta hipótese, porém acredito que pela burocracia e alguns interesses vai demorar. Sabemos que este ponto abordado é apenas uma pontinha do iceberg, pois estamos tomados em nossos ambientes pelas Radiações Eletromagnéticas nocivas à saúde, emanadas também por estações de rádio e televisão, computadores, TVs, Microondas, Lâmpadas fluorescentes inclusive as econômicas, torres, transformadores e outros equipamentos elétricos e eletrônicos. O certo é que as pesquisas são recentes em torno de 15 a 20 anos e nos últimos 10 anos é que a invasão de computadore e celulares está ocorrendo.
         Penso que nós usuários não podemos esperar pela OMS para ver se é verdade ou não. Também temos consciência que ninguém vai parar de usar tais aparelhos. Talvez alguns vão racionalizar o uso, mas a tendência é de popularizar cada vez mais. Nos últimos três anos tenho prestado serviços e consultoria em radiestesia  radiônica além de atuar na área da saúde física e emocional a seis anos. O que temos a afirmar é que hoje as pessoas estão expostas além das radiações, a um estilo de vida que compromete a saúde, como a alimentação errada e com agrotóxicos, falta de movimentação e respiração adequados, stress físico e mental, emoções negativas e falta de espiritualidade, etc.Tudo isto contribui para comprometer a nossa qualidade de vida. Porém voltando as radiações eletromagnéticas, elas potencializam os pontos negativos pois na verdade o efeito delas em nossos corpos é como se estivéssemos tendo uma perda de + ou – 30% de nossa energia quando expostos aos aparelhos. Com isto se teríamos câncer ou problemas menores em 20 anos possivelmente teremos em 10 anos, ocorrendo assim uma aceleração dos problemas.

         Mas podemos perceber no dia dia que alguns sintomas imediatos são dos efeitos destas radiações. Por exemplo cansaço, stress, ansiedade, nervosismo, desequilíbrio hormonal, memória fraca, tensão física e mental, impotência, já em crianças e adolescentes falta de vontade, perda de memória irritação e até câncer.
         Percebemos que ao orientarmos as pessoas sobre as mudanças de estilo de vida mais o uso de Bio conversores,  ocorre uma inversão de energia e com isso afasta-se a possibilidade de tais  problemas.
         Entenda o que ocorre quando nos expomos às radiações eletromagnéticas: Os aparelhos citados acima emitem CÁTIONS (cargas positivas) que geram as ondas eletromagnéticas nocivas à saúde. E com isso ficamos mergulhados neste oceano de ondas que aumentam os níveis de cortisol e que destrói os neurônios do hipocampo, a região do cérebro que é responsável pelo aprendizado. Estudos clínicos comprovam que a exposição excessiva à  estas radiações também geram estados psicodepressivos, “Dort e Ler”, desgaste ósseo, ansiedade, insônia, diabetes e até infartes.
         Voce sabia que para oxigenar as células de nosso corpo respiramos em torno de 26.000 vezes por dia, em média 18 vezes por minuto. Com isso absorvemos até 10.000 litros de ar, que representa 15 kg de “alimento sutil”, e que os pulmões só fazem a oxigenação do sangue na presença de ANIONS (íons negativos).
         NOTA: A revista ISTO É nº 1949 de 7/3/2007 publicou a informação: A fumaça invisível de celulares e aparelhos eletrônicos é responsável por 30% da incidência de câncer infantil, afirma David Carpenter, reitor da escola de saúde pública de State University , de Nova York.

         Felizmente já temos no Brasil empresas que pesquisam e oferecem os Bio conversores que neutralizam as radiações, nos protegendo dos efeitos nocivos, convertendo as cargas positivas (cátions) em ANIONS (ions negativos).

terça-feira, 21 de junho de 2011

É Preciso Responsabilidade...

É Preciso Responsabilidade... 

Muitas pessoas me perguntam em cursos e grupos de estudos sobre a abertura de terreiros, sobre o que fazer para para se tornar Pai ou Mãe e até mesmo se é possível incorporar os Guias Espirituais para fazer sessões de atendimento em suas próprias residências. Aproveito essa “curiosidade” geral das pessoas e o assunto constante para trazer a conscientização e até mostrar a responsabilidade do que é abrir um Terreiro de Umbanda.
Muitas pessoas acreditam que o Guia Espiritual tem o dever de tudo saber e tudo fazer, ficando o médium isento de responsabilidades e cuidado. Pura Ignorância! É claro que os Guias tudo sabem e nós temos muito que aprender comeles. Sabem de nossos erros, de nossas preguiças, de nossa vaidade e de nosso egoísmo, sabem que muitas vezes, médiuns sustentados por esses sentimentos viciados simplesmente “decidem” abrir sua casa desconhecendo a seriedade e as suas próprias responsabilidades diante deste ato. Abrir um Centro não é só incorporar e colocar tudo na mão do Guia Espiritual. Existem obrigações, assentamentos e firmezas, fundamentos estes que devem ser cumpridos pelo médium e não pelo Guia. Afinal um Centro Espírita é o local identificado por todo o plano espiritual como sendo um ponto de troca, de recarga, de cura e de encaminhamento. E esse local não funciona somente no dia e hora da gira, mas sim continuamente como um Centro de Reabilitação entre o embaixo e o alto. É como se encontrássemos em um mesmo local o delegado e seus policiais; o juiz e seus promotores; o médico e sua equipe; o professor e seus estagiários, encaminhando cada espírito, 24 horas por dia todos os dias.
Diante de toda essa grandeza o local deve ter sua proteção com campos de irradiações específicas e pontos de descargas energéticas para que nada fique acumulado no ambiente e nas pessoas. Preparações essas que devem ser realizadas com conhecimento e não com achismos. Também não encontramos esses ensinamentos na internet ou nos livros, mas na nossa ancestralidade, no conhecimento de Pais e Mães Espirituais, verdadeiros zeladores de Orixás (aqueles que cuidam, conhecem e zelam pelo Orixá).
Infelizmente vemos hoje pessoas trabalhando em suas casas ou em seus escritórios terapêuticos sem nem mesmo saber diferenciar um assentamento de uma firmeza, não sabendo nem realizar uma obrigação ou simplesmente não sabendo diferenciar ou até preparar um banho de fixação, de proteção, de energização ou de descarrego sobrecarregando a casa, o escritório, o médium e toda a família. Médiuns não preparados vão criando um Centro de ações nocivas e com o passar do tempo o próprio médium culpa, julga e menospreza a Umbanda e os Guias Espirituais, esquecendo que a sua ignorância e a sua vaidade foram as causadoras do negativismo em sua vida. Pura Irresponsabilidade! Não é o médium quem decide a abertura de um Centro, mas o Guia Espiritual e essa determinação
vem do Alto. Afinal, só nos é permitida a evolução quando nos tornamos capacitados e responsáveis pelos nossos atos.
Muito Axé a todos e um ótimo final de semana!

Escrito por Mãe Mônica

A Umbanda do Terreiro de Pai João

()

A Umbanda do Terreiro de Pai João

Nossa Umbanda não é adivinhação e troca de coisas por conseguir objetivos mais fáceis.
Mas sim a psicologia do Preto Velho e a verdadeira caridade do Umbandista...
Nossa Umbanda não é a arrogância do Pai de Santo que se acha o “Santo”.
Mas sim um terreiro onde todos são iguais, pois senão fosse assim, estaríamos indo contra uma lei básica da Umbanda, Todos Somos Iguais...
Nossa Umbanda não é a Arrogância ou a soberba dos que “sabem tudo” e “tudo podem”.
Mas sim a Humildade, amizade a carinho que temos uns pelos outros...
Nossa Umbanda não pede dinheiro para resolver nada.
Mas sim a caridade e vontade que temos de ajudar...
Nossa Umbanda não pede nada em troca nem mesmo um “Obrigado”.
Mas sim, nos deitamos em paz em nossas camas com o sentimento de dever cumprido...
Nossa Umbanda não vive de magias ou mandingas.
Mas sim de pensar no melhor caminho para solucionar os problemas...
Nossa Umbanda não é um terreiro onde os filhos ficam em posição de Soldados.
Mas sim com alegria, pois essa é nossa maior força, nossa Alegria e União.
Nossa Umbanda não demanda com ninguém...
Mas sim quebramos demandas com essa Alegria de ser Umbandista.
Para alguns nossa Umbanda é bagunçada e desorganizada...
Para Nós ela é alegria é vida é renovação é aprendizado a cada dia.
Na ,nNossa Umbanda todos estão em desenvolvimento, pois a vida toda é um desenvolvimento.
Nossa Umbanda é Humildade e não Humilhação (Vò Benedita)
Para os que acham que nosso terreiro é uma Bagunça, façam sua Umbanda...
Pois a Nossa é Alegria!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

OS GUIAS ESPIRITUAIS E A MISSÃO DA UMBANDA

OS GUIAS ESPIRITUAIS E A MISSÃO DA UMBANDA
Por Rubens Saraceni

Nós sabemos que o ato de incorporar espíritos acontece desde os primórdios da
humanidade sendo que tanto acontecem incorporações controladas quanto totalmente fora
de controle.
As incorporações controladas acontecem dentro de trabalhos mágico-religiosos,
também tão antigos quanto a humanidade, não sendo privilégio da Umbanda reproduzir
regularmente este fenômeno mediúnico porque povos muito antigos e que desconhecem a
existência da Umbanda já praticam há milênios a incorporação controlada de espíritos ainda
que elas se mostrem menos elaboradas que na Umbanda, pois esta ritualizou e diferenciou a
incorporação.
Já as incorporações descontroladas vêm acontecendo desde os primórdios da
humanidade e não está limitada a um ou outro povo porque acontece em todos os lugares
sendo que nem sempre foi aceita como tal e sim se atribuiu a este fenômeno a denominação
de loucura, segregando estas pessoas de suas famílias e da sociedade porque, quando
possuídas tornam-se incontroláveis.
A incorporação ou possessão descontrolada de espíritos foi explicada no decorrer dos
tempos por todas as religiões e cada uma a descreveu segundo o seu entendimento sobre o
assunto, com cada uma desenvolvendo um formulário mágico-ritualístico para lidar com este
fenômeno.
Ainda hoje, em pleno século XXI, vemos algumas religiões lidando com este fenômeno
de um modo arcaico e já ultrapassado, pois desde o advento de Allan Kardec e do espiritismo
essas possessões foram muito bem explicadas e colocadas à disposição de todos, facilitando
a compreensão da mediunidade, que não tem nada a ver com a existência de um suposto
“diabo” tão poderoso e oposto a Deus que vive atentando as pessoas e possuindo-as para
levá-las para o inferno.
Hoje, graças ao trabalho de Allan Kardec compreendemos perfeitamente estas
possessões descontroladas e até podemos auxiliar médiuns possuídos por espíritos vingativos
a lidarem com esta faculdade mediúnica livrando-os do sofrimento ao qual estavam
submetidos.
Então, que fique bem claro para todos que não existe uma só religião para auxiliar
pessoas com desequilíbrios acentuados em suas faculdades mediúnicas.
Para uma correta compreensão da possessão descontrolada temos que:
1º Acreditar na imortalidade do espírito.
2º Acreditar que se muitos evoluem no plano material e desenvolvem um elevado estado de
consciência que os conduz a planos espirituais luminosos também acontece a regressão
consciencial que conduz muitos espíritos a planos espirituais escuros retendo-os para que, no
arrependimento corrijam-se.
3º Também sabemos que, assim como muitos espíritos que evoluíram agradecem a Deus e
colocam-se como auxiliares dos que reencarnam, muitos dos espíritos que regrediram
consciencialmente revoltam-se contra Deus e tornam-se perseguidores dos espíritos
encarnados e principalmente daqueles que eles acham que são os responsáveis pelas suas
quedas.
4º Esses espíritos “caídos” formam numerosas hordas de afins que sentem
prazer em desencaminhar os espíritos retidos nas faixas vibratórias negativas,
desenvolvendo neles a revolta contra Deus e a busca de vingança contra seus
desafetos ou inimigos ainda encarnados ou não.

Pois bem, como isto já foi muito bem descrito por Allan Kardec, que criou um
sistema de lidar com estes espíritos dando origem ao espiritismo então precisamos
compreender o contexto onde se insere a Umbanda, que adotou muitos dos
conhecimentos trazidos por Allan Kardec, mas adaptou-os em uma forma diferente de utilizá-los.

Se no início do século XX o espiritismo estava em plena expansão
desenvolvendo um trabalho muito grande de auxílio às pessoas obsediadas por seus
algozes espirituais, no entanto eles se deparavam com a imensa quantidade de
pessoas que não estavam sofrendo obsessão, mas sim eram vítimas das mais
diversas modalidades de magia negativa praticadas aqui no plano material por
pessoas conhecedoras delas e que recorriam a elas para se vingarem dos seus
desafetos ou inimigos encarnados.

Com as possessões ou obsessões o espiritismo lutava muito bem, mas, com as
magias negativas englobadas no nome “magia negra” não possuíam os recursos
mágicos necessários para anulá-las e libertar as pessoas de ações muito bem
direcionadas para destruí-las.

Voltando no tempo nós encontramos em todos os continentes varias religiões, muitas
delas já desaparecidas, que tinham a magia positiva ou “branca”, que era recurso para
anularem as ações mágicas negativas e livrarem as pessoas vitimadas por elas dos
sofrimentos que elas lhes acarretavam.

Mas muitas destas antigas religiões que tinham na magia positiva o antídoto
correto contra a magia negativa haviam desaparecido quase por completo, só
restando poucos conhecedores profundos da verdadeira magia delas. Então o plano
espiritual se movimentou para criar, nos moldes do espiritismo, uma nova religião
que teria na magia um poderoso recurso para auxiliar pessoas vitimadas pelos que
recorriam à magia negra para atingi-los.

O pouco que havia restado dessas antigas religiões estava refém de algumas
pessoas que não se limitavam só a prática da magia branca e sim, dependendo da
recompensa também realizavam magias nefastas ao gosto dos seus contratantes.

Porque eram muitos os que procuravam este tipo de acerto de contas
com seus desafetos ou inimigos, muito era o sofrimento das pessoas vitimadas por elas
e que, se não podiam pagar para quem sabia desmanchá-las, ficavam sofrendo sem
ter a quem recorrer, pois tanto a feitiçaria indígena praticada aqui no Brasil quanto a
europeia e a africana, etc., não fazem distinção na sua prática e sim, tanto a
realizam para o bem quanto para o mal sendo que seus praticantes atribuem a
responsabilidade por elas aos que os contratam, eximindo-se de qualquer culpa.

Diante desse quadro sombrio foi que a espiritualidade superior se organizou para
criar uma religião nos moldes do espiritismo, voltada para a prática da magia
branca, com uma dinâmica própria para se contrapor à prática da magia negra.
Assim como a prática da magia negra envia para as faixas negativas os seus
praticantes, a magia branca envia para as faixas positivas os praticantes dela.

E foi entre os espíritos praticantes da magia branca que essa nova religião
ressonou mais intensamente atraindo muitos milhares deles que aceitaram
organizar-se para, através da incorporação mediúnica controlada, começarem a ajudar
as pessoas vítimas de magias negras.

Espíritos de grande evolução arregimentaram muitos milhares de outros
que já seguiam suas orientações e diante dos Sagrados Orixás assumiram o
compromisso de, dentro da nova religião, criarem linhas de trabalhos espirituais que
ligadas e regidas pelos Orixás formariam a espinha dorsal da nova religião denominada
inicialmente de Linha Branca de Umbanda e Demanda.

Esses espíritos de grande evolução arregimentaram muitos milhares de outros
espíritos também conhecedores da magia e que, em suas últimas encarnações haviam
pertencido a várias religiões e povos diferentes, inclusive praticavam de formas
diferentes suas ações e, que quando começaram a incorporar solicitavam dos
seus médiuns elementos de magia diversificados.

Uns trabalhavam com ervas, outros com velas, outros com colares, outros com
pontos riscados, outros com fitas, linhas e cordões, outros com bebidas, outros com
pós, etc. criando em pouco tempo um vasto formulário mágico umbandista que, se
usava os mesmos elementos usados em outras religiões mágico-religiosas, no
entanto davam a estes elementos uma utilização diferente e isto causou espanto
nos tradicionalistas que, desconhecendo o poder mágico dos guias de Umbanda
achavam que a nova religião agia de forma profana com elementos de magia tidos
como sagrados para eles.

Na verdade, não são os elementos que contêm poderes em si mesmos e sim
eles estão nas mãos dos espíritos guias de Umbanda que os manipulam segundo a
necessidade das pessoas que os consultam e eles, livres de qualquer convencionalismo
ou ritualismo os manipulam o tempo todo sem se preocuparem com o que deles falem
quem duvida dos seus poderes mágicos.

Portanto a nova religião criada com o nome de Umbanda diferencia-se do
espiritismo tradicional, ainda que se sirva dos seus conhecimentos, e diferencia-se
dos tradicionais cultos afro-ameríndiobrasileiros porque ainda que se sirva das
suas nomenclaturas ou iconografia, no entanto deu a elas uma nova utilização e
entendimento visando facilitar seus trabalhos mágico-religiosos em benefício
das pessoas vitimadas por nefastas magias negativas.

Esta simplificação na manipulação dos elementos de magia e de culto e acesso as
Divindades é o que diferencia a Umbanda do moderno espiritismo e das antiguíssimas
religiões mágicas e engana-se quem pensa que todos os espíritos são iguais, pois há
aqueles que não são capazes de uma única ação mágica e há os que têm um grande
poder de realização desenvolvido quando ainda viviam no plano material e que foram
aperfeiçoados depois que desencarnaram e que, já livres das limitações do corpo
biológico sentiram-se aptos a ampararem muitas pessoas ao mesmo tempo, trabalho
este que podem realizar após ingressarem em alguma linha de trabalhos espirituais
umbandistas.

Não houve o acaso na criação da Umbanda e ela atendeu a um clamor dos
espíritos altamente evoluídos direcionado a Deus para que Ele lhes facultasse uma via
religiosa afim com suas formações passadas onde, ainda no plano material, já se
dedicavam a amparar e ajudar pessoas vitimadas por magias negativas ou
perseguidas por seus inimigos espirituais.

Muitos, ao descreverem a criação da Umbanda limitam-se ao evento acontecido
no lado material com o seu fundador pai Zélio Fernandino de Morais e não atinam
com a sua real criação já acontecida no plano espiritual.

Portanto que nenhum médium umbandista se surpreenda com a forma dos
seus guias trabalharem e não atribua a eles ignorância ou atraso religioso porque as
ditas religiões mentalistas ou filosóficas não sabem como combater as ações mágicas
negativas desencadeadas em grande parte por seguidores delas que buscam nessa
modalidade de magia acertar suas contas pendentes com seus inimigos encarnados e,
justamente por não saberem lidar de forma correta com a magia negra e com as hordas
de espíritos trevosos que atormentam seus seguidores, preferem atribuir o sofrimento
deles a um suposto diabo, oposto a Deus, do que reconhecerem que a prática do mal
contra os seus semelhantes é inerente ao ser humano, mas que essas religiões não
sabem como combater.
Matéria do Jornal Nacional de Umbanda

CONSCIÊNCIA RELIGIOSA UMBANDISTA

CONSCIÊNCIA RELIGIOSA UMBANDISTA!
Por  Antônio Bispo
Por que estudar UMBANDA?

Para aprender o que?

Para se entender sobre o que?

Penso que é para se entender que a UMBANDA É UM ORGANISMO VIVO e em franco
desenvolvimento.

E este organismo vivo, vive dentro de nós, UMBANDISTAS.

Estudar e entender sua história é reconhecer a nossa própria história, é saber e dizer de onde
viemos, por que viemos, e também vislumbrar um caminho por onde estamos indo. Pois já nos
perdemos outrora, pela falta de conhecimento e de reconhecimento dentro da sociedade. Eu creio
que estamos na fase da expansão da consciência religiosa UMBANDISTA, impulsionada por esta
nova forma de ensinar a Umbanda, adotada pelos Templos Escolas, e destes novos formadores,
que abrem cada vez mais o conhecimento aos novos UMBANDISTAS, como nós.

Nós, que adentramos recentemente nos trabalhos, não viemos apenas pelo AMOR OU PELA
DOR. Viemos pelo conhecimento, pela grande magia desta religião DIVINA!

Já não nos contentamos em fazer.
Queremos entender.
O conhecimento abre portas e janelas, e a mente expansiva do médium,
guiada pelos seus guias, se ilumina num arco íris divino
sem véus, criando uma nova era para a religião.

Uma era em que há o reconhecimento e o respeito,
pois fazemos parte da sociedade, e já não aceitamos viver a margem desta sociedade.
Todas as nossas praticas religiosas são justificáveis, mas não é errado apropriarmos as
nossas praticas ao bom convívio dentro desta sociedade da qual fazemos parte.

Faltou-nos em outros tempos a consciência de que fazemos parte de um todo e que devemos
cumprir e honrar a nossa cota de participação.

NO HINO UMBANDISTA DIZ:
“Avante filhos de fé, pois como a nossa lei não há!”

Qual é a nossa lei?

A nossa lei é a Lei de DEUS.

E é muito mais abrangente porque nos dá muito mais
responsabilidades, nos obriga ao exercício constante da fé e do amor incondicional, do respeito às
diferenças, do olhar fraterno às minorias, da humildade e do reconhecimento de si próprios, do
conhecimento, da transformação e da evolução.

Não aceito mais os termos pejorativos para comigo ou para com nossa religião, pois
reconheço minha essência divina. Quero exigir respeito aos meus direitos, más para isto devo ter
consciência de meus deveres.
É A NOSSA LEI.

Não compactuo com praticas que agridem minha consciência,
pois reconheço os fundamentos de minha religião, e estes são simples e abrangentes.

Entretanto hoje também aceito
os diferentes níveis de cada um e me reconheço em cada irmão movido pela ignorância, pois assim
também me entendo, apenas escolhi o caminho do conhecimento e da reflexão.

Estudar de uma forma ampla é procurar adquirir o conhecimento de algo.

Preparar, examinar, ponderar, amadurecer.

Observar cuidadosamente o fenômeno.

Dedicar-se à apreciação, análise e a compreensão.

Entender o organismo vivo que habita o templo
mediúnico (corpo do médium), é ter posse de sua certidão de nascimento, é apresentar seu RG a
quem questione sua identidade, é saber e reconhecer de fato o seu PAI a sua MÃE, seus irmãos e a
sua origem divina. Conhecendo nosso passado, construímos no presente.

E podemos olhar no horizonte um futuro promissor de respeito e reconhecimento
para a nossa religião...

Jornal Nacional de Umbanda – Ed. 14, Junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Cobrador

O Cobrador
( Autoria desconhecida )


Depois de um dia de caminhada pela mata, mestre e discípulo retornavam ao casebre, seguindo por uma longa estrada.
Ao passarem próximo a uma moita de samambaia, ouviram um gemido.
Verificaram e descobriram, caído, um homem.
Estava pálido e com uma grande mancha de sangue, próximo ao coração.
O homem tinha sido ferido e já estava próximo da inconsciência.
Com muita dificuldade, mestre e discípulo carregaram o homem para o casebre rústico, onde trataram do ferimento.
Uma semana depois, já restabelecido, o homem contou que havia sido assaltado e que ao reagir fora ferido por uma faca. Disse que conhecia seu agressor,
e que não descansaria enquanto não se vingasse. Disposto a partir, o homem disse ao sábio:
- Senhor, muito lhe agradeço por ter salvo minha vida. Tenho que partir e levo comigo a gratidão por sua bondade.
Vou ao encontro daquele que me atacou e vou fazer com que ele sinta a mesma dor que senti.
O mestre olhou fixo para o homem e disse:
- Vá e faça o que deseja. Entretanto, devo informá-lo de que você me deve três mil moedas de ouro, como pagamento pelo tratamento que lhe fiz.
O homem ficou assustado e disse:
- Senhor, é muito dinheiro. Sou um trabalhador e não tenho como lhe pagar esse valor!
- Se não podes pagar pelo bem que recebestes, com que direito queres cobrar o mal que lhe fizeram?
O homem ficou confuso e o mestre concluiu:
- Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve. Não faça cobrança pelas coisas ruins que te aconteçam nessa vida, pois essa vida pode lhe cobrar tudo que você deve.
E com certeza você vai pagar muito mais caro

A Fé na Umbanda

A Fé na Umbanda

Por Rubens Saraceni

A Umbanda é uma religião eminentemente espiritista e espiri­tualizadora. Portanto, a fé profes­sada pelos seus praticantes, médiuns em sua maioria, exige uma crença forte em Deus e na existência do mundo espiritual que interage o tempo todo com o plano material.
Analogicamente, podemos comparar a crença umbandista à do cristianismo, que tem em Deus o Criador Supremo (Olodumare ou Olorum) e em Jesus o seu maior mistério (sincretizado com Oxalá).
Mas, tal como no cristianismo há as coórtes de anjos, arcanjos, querubins, serafins, etc., na Um­banda há hierarquias de Orixás (Ogum, Xangô, Oxossi, Yemanjá, Oxum, etc.) que têm funções análogas, ainda que sejam enfocadas e cultuados segundo rituais próprios.
Para entender-se a fé na Umbanda é preciso mergulhar fundo em sua essência religiosa porque um umbandista convicto não é uma pessoa contemplativa e interage o tempo todo com o mundo espiritual e também com o universo divino, já que é em si um templo vivo e através do qual os Sagrados Orixás manifestam Suas vontades.
A fé, na Umbanda, é mais que uma questão de crença. É um verdadeiro ato de fé, pois um umbandista é o meio natural por onde a religião flui com intensidade e mostra-se em toda a sua grandeza e divindade, ainda que de forma simples e adaptável às condições do seu adepto.
A fé, na Umbanda, transcende e torna-se um estado de espírito através do qual são realizas as engiras ou sessões de atendimento das pessoas necessitadas de auxílio espiritual e de orientação doutrinária e religiosa.
Fé, na Umbanda é sinônimo de trabalho em prol do próximo, de evolução consciencial e transcendência espiritual para os seus adeptos e seus médiuns praticantes.
A fé é ensinada como a integração da pessoa ao seu Orixá Regente, que é sua ligação superior com Deus, com Oludumare, o Senhor do nosso destino e da nossa vida.
Crer em Deus e nos Seres Divinos manifestadores dos Seus Mistérios Sagrados é natural nos umbandistas e dispensa maiores esforços nesse sentido já que a mediunidade é o meio mais rápido de integração com Ele e Seus manifestadores, os Orixás.
A Umbanda é Sagrada porque é uma religião onde os mistérios de Deus têm uma feição humanitária e estão voltados para nossa evolução e nosso amparo espiritual, assim como de todas as pessoas que freqüentam seus templos, também denominados de tendas.
Cremos em um Criador Supremo; cremos na existência das hierarquias divinas; cremos na manifestação dos Sagrados Orixás através da incorporação de suas vibrações mentais; cremos na existência do mundo espiritual; cremos na interação deste mundo superior com o nosso mundo material.
Enfim, a fé, na Umbanda Sagrada é mais que uma questão de crença, é um estado de espírito e é muito mais que o ato de crer em Deus, é o ato de realizar-se Nele enquanto seres espi­rituais gerados por Ele, o Senhor Olorum, o nosso Divino Criador.