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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Juremar

Um senhor muito simpático e com vasta cabeleira branca aguardava o meu desprendimento do corpo físico no momento do sono para que eu viesse a aprender algumas preciosas lições àquela noite.
Não consigo recordar-me de haver conhecido uma pessoa que irradiasse uma energia de simpatia tão grande quanto aquele senhor. Fiquei olhando impressionado em sua direção até quando ele me disse:
— Preparado esta noite?
— O senhor me desculpe, mas preparado para que exatamente?
— Para mais um aprendizado.
— Ah, sim senhor!!!
Foi o que sinceramente respondi, mesmo sem ter ainda a mínima noção de que aprendizado seria aquele.
— Você não está com medo, está?
— Não senhor, pois à medida que o tempo vai passando e eu tenho a divina oportunidade de aprender com os senhores, eu vou adquirindo confiança ainda maior em Deus e nos vossos trabalhos.
— Então, vamos juremar?
— Juremar?
— Sim, entender um pouco sobre o nosso trabalho.
— O senhor está me dizendo que é um juremeiro, é isso?
— Não seria melhor você aprender com os próprios olhos?
— Se o senhor acha que é melhor assim seguirei vossa determinação à risca.
— Então vamos!!!
Aceitei o convite prontamente e assustei-me quando percebi que, ao invés de estarmos nos dirigindo para alguma região de mata, adentrávamos um hospital situado no plano físico; penso que este meu estranhamento deve ter se manifestado em minha face, pois foi quando eu o ouvi dizer:
— Não estranhe companheiro, pois seu aprendizado se dará aqui mesmo dentro deste hospital.
Estávamos em um grande hospital onde, obviamente, pessoas com os mais variados problemas encontravam-se internadas e eu, apesar de não entender qual tipo de aprendizado eu poderia obter com um juremereiro naquele ambiente, respondi:
— Sim senhor, estou as suas ordens!
— Então me diga: se pudesse escolher, quais pacientes você desejaria curar?
Pensei um pouquinho e respondi:
— Pacientes com problemas no aparelho circulatório!
— Pois bem. Então passemos para a ala onde estão os internos cardiopatas!
Havia quarenta quartos neste setor e nós entramos em um deles quando o juremeiro disse a mim:
— Observe!
O juremeiro, primeiramente, aproximou-se do enfermo e passou um olhar perscrutador ao longo de todo o corpo deste, depois ele abriu uma espécie de pequena sacola que estava pendurada em seu ombro e, de dentro dela, retirou com a mão direita uma espécie de gel transparente que ele usou em beneficio do chacra cardíaco do paciente; então, instantes depois, o inacreditável ocorreu: a acompanhante do enfermo foi chamar a enfermeira as pressas por que o seu esposo estava melhorando.
Eu olhei espantado para o juremeiro que, sem pestanejar, levou-me a outro quarto.
Desta vez o juremeiro escolhera uma paciente do sexo feminino só que utilizou um pouco do gel na região da fronte ao invés do coração e o médico que neste mesmo instante, no plano físico, tirava a pulsação da enferma impressionou-se pelo fato de ela ter saído do coma após sete anos.
Saímos do quarto e acho que meu olhar suplicante de esclarecimento deve ter contribuído para o juremeiro dizer-me:
— Pode falar filho!
— Meu Deus, o que o senhor fez com estes dois pacientes?
— Eu não fiz nada!!! Esta paciente que acabamos de assistir só saiu do coma por que já estava na hora dela despertar e o mesmo eu posso dizer do paciente do outro quarto que visitamos anteriormente, ou você se esquece do fato de que não cai uma única folha de uma árvore se não for da vontade de Tupã?
— O senhor tem razão, mas e este gel? O que há neste gel?
— Deus!
— Perdão?
— Quem criou o prana dos vegetais?
— Deus!
— Então penso que você me entendeu.
— Entendi sim senhor, mas que erva tão poderosa é essa que acorda até uma pessoa do coma?
— Já lhe disse que nenhum poder é maior que a vontade de Tupã e que foi Ele quem despertou a paciente do coma.
— Sim senhor, perdão!
— Não há o que perdoar, há o que se entender!!!
— Sim senhor!
— Quanto ao gel desta bolsa, o prana, ele é formado de cada energia que o paciente estiver necessitado de receber.
— Como? O senhor está me dizendo que existem pranas das mais diferentes ervas ai dentro desta pequena sacola que o senhor carrega consigo?
— Não só de plantas, mas também frutas, frutos e legumes.
— Mas então, como eu só vejo o senhor retirar sempre o mesmo gel? Como esta sacola pode conter tantos pranas diferentes se ela me parece tão pequena?
— Filho, antes de ir lhe buscar esta noite eu colhi o prana que fosse suficiente para auxiliar na cura de trinta e cinco pacientes deste hospital e que meus superiores determinaram.
— Trinta e cinco! Mas...
— ...Antes de lhe buscar eu estive neste hospital junto com outros companheiros e auxiliamos trinta e dois enfermos.
— Se o senhor tem a ordem para curar trinta e cinco enfermos, curou trinta e dois deles antes de ir me buscar e mais dois desde que aqui estou com o senhor, isto quer dizer que ainda resta mais um enfermo a ser curado!
— Exatamente!
— Será que antes de auxiliar na cura deste irmão que está faltando o senhor poderia esclarecer-me uma dúvida?
— Bem, não serei eu quem auxiliará a este irmão, mas eu posso lhe esclarecer a dúvida, pergunte!
— É que o primeiro paciente com problemas circulatórios que o senhor auxiliou eu percebi e penso que entendi porque o senhor aplicou o prana na região do chacra cardíaco, mas eu não compreendi por que na paciente que encontrava-se comatosa o senhor passou o gel no chacra frontal, ao invés de aplica-lo no cardíaco.
— Veja bem. Não é por que uma pessoa está com problemas cardíacos que o chacra cardíaco será o único a encontrar-se debilitado.
— Ah é?
— Perfeitamente. Veja o caso da paciente que se encontrava comatosa, por exemplo: descobriu que fora traída pelo marido, mas não estava querendo analisar a situação com clareza para decidir qual a melhor atitude a ser tomada. Ao contrário, colocou toda culpa dentro de si e passou a desejar secretamente a morte. Veio para este hospital realizar uma cirurgia cardíaca onde o corpo dela não reagiu bem e a forma pensamento do desejo de morte auxiliou-a a tornar-se comatosa. Após sete anos sem assumir o corpo físico e tendo a prendido muitas lições faltava o último passo para que ela saísse do coma que é uma expansão na visão sobre a vida espiritual e foi por isso que eu apliquei o prana no chacra frontal.
— Deus, é extraordinário!!! Mas...
— ...Sim?
— O senhor disse que falta o auxilio fraterno para a cura de mais um irmão enfermo e que não será o senhor quem o auxiliará; então, quem será???
— Você!
— Como?Eu?Mas eu não poderia!!!
— Por quê?
— Por que não sei fazer, posso fazer errado!
— Você já amou?
— Já! Já amei e ainda amo muito!
— Pois o teu amor irá lhe guiar, tendo em vista que uma parte do conhecimento de como proceder encontra-se dentro de ti, é só você se permitir o despertar.
— O amor vai me guiar, mas como?
— A pessoa que já se foi do plano físico e que você mais amou no mundo foi o seu pai, não é verdade?
— É sim senhor!
— Quando você era criança o seu pai teve um princípio de enfarte e décadas depois veio a desencarnar por um problema circulatório, não é verdade?
— É sim, meu Deus o senhor sabe!
— Sim e também sei que foi por isso que você escolheu, quando perguntado, o setor de pacientes com problemas circulatórios para praticar a caridade esta noite, não é verdade?
— É sim senhor!
— Diga-me: qual foi uma das lições mais importantes que você aprendeu com o seu pai?
— A dar sempre o meu melhor na realização das tarefas.
— Então, você entende como o amor lhe guiará na tarefa que lhe cabe?
Ao invés de responder deixei que minhas lágrimas falassem por mim. O juremeiro foi extremamente respeitoso e aguardou que eu serenasse as emoções. Instantes depois foi que ele disse a mim:
— Você sabe para onde devemos nos dirigir, correto?
Assenti com a cabeça que sim e caminhei com passos resolutos para o quarto de número vinte e três. Fiquei de pé ao lado direito do paciente e perguntei ao juremeiro:
— E agora, como devo proceder?
— Feche os olhos e faça uma prece a Tupã.
Rezei e, estranhamente, ao abrir os olhos eu entendia claramente o que fazer: como aprendera naquela noite que apesar de um paciente estar com problemas cardíacos o auxilio não deveria ser aplicado necessariamente ou unicamente no chacra cardíaco, então eu deveria ter uma fé muito grande para sentir onde estava o problema no paciente, tendo em vista que eu não possuo a mediunidade de ver com os olhos espirituais.
Cerrei novamente os meus olhos e passei as duas mãos, sem tocar, ao longo do corpo do paciente e comecei a sentir uma energia muito forte na região do plexo solar do irmão enfermo então, involuntariamente, veio a minha mente a imagem de saião e boldo e eu estiquei a mão direita em direção ao juremeiro que, sorrindo, abriu a sacola e despejou um pouco do prana na minha mão.
Após ter ministrado o prana no paciente nós saímos de dentro do hospital e ele me disse:
— Fale meu filho, é importante que eu lhe responda uma última pergunta antes de ir embora.
— Quando o senhor colocou o prana na minha mão eu senti o odor de saião e boldo, quando o senhor ministrou o prana nos outros dois pacientes eu senti o cheiro de outras ervas como pode ser isto?
— Eu já não lhe disse que colhi o prana de certos vegetais antes de vir lhe buscar no sono físico?
— Sim senhor, mas como estes pranas diferentes podem ficar todos misturados dentro desta sacola e serem tirados de forma específica, e não tudo misturado, quando ele vai ser ministrado a alguém em especifico? Esta sacola do senhor é mágica?
— Sim!
— Verdade?
— Sim, este embornal tem a magia do divino mistério de Jurema, a força divina contida no astral vegetal.
— Meu Deus!!!
— Filho, o amor lhe guiou pelos caminhos da fé e este juremeiro fica feliz em pedir a Tupã por todos vocês, os filhos de fé, que encham as vossas vidas do amor excelso Dele, pois só o amor perdoa e só o perdão pode fazer vocês se amarem ainda mais e clarearem os vossos caminhos na estrada que leva em direção ao Pai Criador de todas as coisas. Muitas vezes o que os olhos não vêem só o coração pode sentir, nunca se esqueça disso meu filho!!!


Mensagem de um amigo espiritual

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Saude Mediunica


A Saude Mediunica
O corpo humano é constituído de fases que podem ser definidas de forma bem resumida, podemos entender que o corpo segue aparentemente esta seqüência: crescer, amadurecer e falecer. Coloco isto de forma bem simples porque não sou médico, sou apenas um observador do comportamento humano. Procuro me ater aos detalhes que envolvem a estrutura do médium.


Desdobro estas palavras em função de situações que percebo na rotina mediúnica. O mesmo médium que é um dedicado trabalhador, que serve de aparelho para a orientação de muitas pessoas através do plano espiritual é o grande vilão de sua própria estrutura. Muitos são os descuidados com o corpo que serve de instrumento e muitas vezes estes descuidados estão ligados a mitos que reproduzem dentro do terreiro. Estamos no inicio do mês de agosto e o tempo não foi cooperativo em relação à temperatura e com isso boas partes dos nossos irmãos insistem em trabalharem descalços! São muitas as desculpas:
- “Quando estou incorporado meu guia não permite que meu corpo pegue friagem!” (aff, tenho medo disso, geralmente este médium acha que pode tomar 1 litro de bebida alcoólica que o guia “leva” tudo! A curto prazo você não vai sentir nada, quando as “Ites” surgirem -rinite, sinusite, laringite e artrite- talvez você vai pensar que andaram fazendo trabalho pra você...aff de novo!)

 “Meus “guias” não gostam do calçado”! (Claro, eles preferem o médium com a imunidade baixa e ausente do próximo trabalho...)

- “A borracha do calçado isola e atrapalha a comunicação!” (caramba, não sabia que o guia aparelhava pelo pé...)

- “Eu trabalho descalço porque não consigo trabalhar calçado!” (Você já tentou? Insistiu e tentou?)

- “Nossos ancestrais trabalhavam descalços, minha Avó trabalhou descalça, meu Pai me ensinou a trabalhar descalço!” (estão todos vivos e plenos de saúde???)

Outra situação interessante é a lavagem de cabeça em cachoeira no dia que está frio. Já ouvi Dirigente falando: “Tem que ter fé!”

Sim, fé e um bom plano de saúde, no mínimo! O meu raciocínio vai de forma clara: Quanto mais eu preservo e mantenho o corpo são, que eu acredito ser o templo do meu espírito, por mais tempo trabalharei espiritualmente!

Um pouco de flexibilidade e bom senso não faz mal e não prejudica ninguém. Estamos em tempo difíceis com esta idéia de uma pandemia. Na função de orientadores e formadores de opinião, temos que servir de exemplo no que diz respeito à saúde e bem estar.

Religião tem que fazer bem, como só deve fazer o bem e precisa ser sinônimo de qualidade de vida!

Não maltrate o seu corpo, vossos Guias agradecem.

A Religião do Medo

A Religião do Medo
A palavra medo está diretamente associada ao estado de angústia e apreensão em face de um perigo real. Para a minha surpresa, no dicionário, a palavra medo vem depois do termo mediunidade.

Estou há um tempo sem escrever e pelo visto estou voltando do meu período de hibernação, afinal este é o terceiro texto do dia. Estou pensativo e reflexivo, tenho lembranças de quase todos os rostos que me deparei com questões mediúnicas e religiosas associadas ao medo.

São revelações corriqueiras, coisas que muita gente já ouviu falar, então me pergunto: será que estou na religião do medo?

Tô bem chateado de ficar teorizando que a religião é para religar, só que algumas pessoas religam na situação errada. È pra religar a Deus, e alguns irmãos acabam se religando em coisas que aparentemente estão afastadas do Pai Maior.

Como posso entender que um médium tem medo de se afastar ou ausentar da casa espiritual em função do medo que tem do seu dirigente?

Como posso entender um médium iniciante que tem medo de não “cuidar” direito dos seus guias e ser molestado pelos tais “guias”?

Como posso entender um médium que tem medo que seus guias não trabalhem ou não possam se firmar em terra caso ele não “faça” a coroa com o dirigente?

Como posso entender que tem “guia espiritual” que faz ameaças?

Como posso entender que uma pessoa está com medo porque existem orixás “brigando” pela coroa dela?

Como posso entender alguém que aceita ser assediado moralmente, humilhado diante de um pequeno público, pois ali está o “guia” falando, dando aquela bronca, passando aquele sabão, dizendo “verdades” que ele domina e que com certeza dominam a vida dessa pessoa?

Na verdade, acho que sou meio burro, ou ignorante mesmo, por que sinceramente, eu NÃO CONSIGO ENTENDER!

Outro dia me perguntaram:

- O crescimento neo pentecostal te assusta?

Respondi:

- Não. O umbandista me assusta...Afinal, vivemos na religião do medo.

Medo é igual a controle, controle também se manifesta pela imposição do medo.
Você tem medo da sua religião?

Alguém já "vendeu" medo religioso pra você?

A culpa é do Orixa ?

Sempre cruzo com alguns comentários que remetem ao estado de responsabilidade pessoal à relação filial do Orixá, ou seja, são filhas de Iansã, aquelas que atribuem temperamento alterado em função da “mãe”. São filhos de Ogum, briguentos, que apontam o comportamento do “pai”. Filhos de Xangô, aqueles que adoram um rabo de saia (ou mais de um). Filhas de Oxum, as que deságuam em crises de choro, ou que são histéricas. E ainda, temos a figura do raríssimo e implacável filho de Exu. Enfim, muitas são as justificativas perante o “santo”, e geralmente de santo, o filho não tem nada.
Baseado nessas alegações, pergunto:

- E aquele irmão que conheceu a Umbanda anos depois, a quem ele atribuía tais comportamentos?
- Casos mais sérios de desvio de conduta, ou problemas patológicos, a quem atribuo essa filiação?
- O ladrão, o estuprador, o serial killer. Essas peças são filhos de alguém? Posso atribuir tais fatos à “santidade”?

O Umbandista aprende desde cedo, e infelizmente muito rápido, a usar o Orixá como um ponto de apoio para as suas deficiências, assim como as suas dificuldades de se relacionar com o meio. E são essas situações que dão a religião um status de gente estranha; um lugar que ao invés de valorizarmos o Sagrado, criamos condições de fuga diante das fraquezas e dos desequilíbrios da nossa personalidade. Ao invés de ser a religião que ampara, dá sentido e equilibra, se torna à religião do subterfúgio.

O arquétipo do Orixá tem relação com o nosso DNA Divino, no entanto, são as nossas escolhas que fazem a diferença, definindo o que somos e onde precisamos melhorar.

Como filho de Ogum, tenho opções: Posso entender que manter o foco na disciplina e o olho na retidão é um caminho, ou posso abrir a minha mente para brigas e discussões calorosas. Mas ainda sim, consigo perceber que em Ogum, estão as minhas ‘dificuldades’ e a minha via de aprendizado. Logo, toda desculpa ou culpa, não podem estar em Ogum, e sim na minha consciência.

Precisamos observar algumas influências que percorrem o meio religioso da Umbanda, e este texto escrevo para os Umbandistas. Portanto, aqueles que cultuam Orixá por padrões mitológicos ou no senso das diversas Nações, não se encaixam nesse parâmetro!

Entendo Orixá como: A manifestação das qualidades do Pai Supremo. E com isso, não posso atribuir deficiências, limitações e sandices humanas ao Divino! Sendo assim, possamos então olhar para a nossa religião com valores de religiosidade, sem fugas ou desculpas! Que O Sagrado possa exercer o seu papel em nossas vidas, de forma Divina! E que a força dos Orixás possa ser a nossa escola de aprendizado e crescimento!

Axé!

ATO DE REVERÊNCIA AS E Reverencio a natureza,



minha eterna morada
e Mãe de todas as estrelas.
A Natureza que me edifica,
minha luz e minha centelha criadora.
A Natureza do próximo,
que apesar de não se igualar a minha
faz parte do meu ser.
A Natureza do mundo físico,
seus fenômenos e sua vigorosa abundância.
A Natureza etérea,
sua sutil presença e sua luminosidade verdadeira.
Reverencio acima de tudo o Reino do Criador!
Ao Deus e a Deusa que
Governai nossas vidas para a direção solar,
para o caminho de Amor verdadeiro
e da Paz duradoura!
A todos os seres da
natureza:
recebam minha reverencia e devoção!
A Exu, senhor dos limites
e companheiro que nos auxilia no caminhar terreno! Ajuda-me para que eu
consiga cumprir meu
Karma procurando sempre ver o quão há de divino
mesmo nos momentos de escuridão!
Seu chão me dê firmeza para continuar e realizar!
Laroiê Exu Mojubá!
A Ogun,
que sua espada de Luz clareie os caminhos que devo
seguir, que
seu escudo de Fé me proteja ao passar pelas pedras e espinhos do
caminho e que sua Força desbrave em meu ser a determinação e a capacidade
criadora! Guia-me para que meus impulsos sejam como o amor: suave!
Patakorê Ogun! Ogun !
A Oxossi,
que a abundância de Vida presente em seus domínios enriqueça meu coração,
para que eu vislumbre a Natureza Divina em todos os acontecimentos!
Que eu encontre a fartura no fruto do trabalho e do meu esforço!
Que sua totalidade revigore os meus dias e renove minhas esperanças!
Okê arô Odé!
A Ossaim,
que a magia de suas folhas me ajude a encontrar minha magia interna, e
que na natureza onde o senhor busca a cura eu encontre a energia para
viver com vitalidade!
Eu eu Ossaim!
A Xangô,
que a força de seu machado consolidem em meu
coração o respeito as Leis Divinas!
Que eu tenha claro em minha consciência a justiça para que minhas conquistas
sejam verdadeiras!
Me afaste da ilusão dos meus pensamentos, me aproximando do
Reinado de Deus!
Kaô Kabiencile Xangô!
A Iansã,
que sendo senhora dos ventos leve em sua ventania toda a maldade, e traga
na vossa espada o meu auxílio para que eu lute por minha liberdade e conquiste
a felicidade verdadeira!
Ajuda-me a ter a presença de espírito e a força necessária para
entregar as rédeas de minha vida a Deus!
Epárei Oyá Iansã!
A Oxum,
senhora das águas doces, ensina-me a candura para que meu caminhar
seja como o curso de seu rio, suave, entrecortando as pedras e
contínuo, apesar dos obstáculos, para que assim eu chegue aos
meus objetivos delineados.
Rege a fecundação do Amor em meu coração, que eu o cultive
para que possa nascer no mundo mais flores que espinhos.
E que as flores tragam para mim a suavidade da vida!
Oraiê ô Oxum!
A Yemanjá,
que a majestade da vossa presença materna eduque meu espírito!
Me acolha em vossas águas salgadas, levando em suas ondas minhas
lágrimas e trazendo a pérola do sorriso para encantar-me a vida!
Rege o meu lar, governai minha vida e desperte em mim a força do amor
fraternal!
Odoyá Yemanjá!
A Nanã,
que a sabedoria que vos remete a Mãe ancestral, desperte em mim o entendimento
de minhas fraquezas e o reconhecimento de minhas virtudes, compreendendo
minha própria existência.
E que minha existência esteja em contínua renovação, purificando meu espírito
e acendendo a Luz da Vida em meu coração!
Que esteja comigo vossa benevolência!
Saluba Nanã!
A Oxumarê,
que em seus movimentos constantes eu encontre meu próprio ritmo.
Que eu não tema a mudança, pois como
espírito em ascensão, estou em constante
transformação para dar continuidade ao meu potencial Divino!
Auxilia-me para que minhas orações e anseios alcancem os céus
como
as cores do arco-íris!Ru bo boi Oxumarê!
A Obaluaiê,
que a vossa misericórdia me ajude a
desencobrir minhas mazelas e reconhecer
as feridas para que com vosso auxílio eu possa ser curado e restabelecido
pela força do amor humilde.
Que eu possa equilibrar meu ser dual, caminhando assim
para minha união com Deus!
Lhe agradeço!Atotô Obaluaiê!
A Oxalá,
que vosso Amor ilimitado de patriarca do Mundo se estenda a meu espírito que
roga a vossa paz.
Que o sol de vossa presença ilumine minhas esperanças e minhas
forças para que eu alcance as alturas, nunca me esquecendo de olhar para baixo!
Ajuda-me com a vossa certeza para que eu tenha sempre clara
a convicção do poder do Amor de Deus em minha vida!Epa Babá Oxalá!
Com meu coração devoto e meu ser em prece,
reafirmo minhas reverências
e que hoje brilhe mais os astros
para que meus agradecimentos sejam sinceros
a Deus e a Deusa.
Amém!
Muita Luz !
NERGIAS DA NATUREZA
regem todo a Amor existente
e fazem-se Misericordiosos detentores de toda Luz
e da Sabedoria da Libertação!

ALTARES, IMAGENS, TEMPLOS, FÉ E RELIGIOSIDADE

ALTARES, IMAGENS, TEMPLOS, FÉ E RELIGIOSIDADE



Os Altares
Toda religião tem seu altar, onde estão imagens, símbolos, ícones ou elementos indispensáveis à sua liturgia.
Por liturgia, entendam como o conjunto de recursos ou “artigos” indispensáveis às práticas religiosas.
Bom, o fato é que os altares não existem só porque alguém inventou um e depois todos os copiaram, só modificando os elementos distribuídos neles.
Não mesmo, sabem?
Sim, porque nós bem sabemos que um altar tem como principal função a de criar todo um magnetismo de nível terra, através do qual as irradiações verticais das divindades descerão até ele, e a partir dele, continuarão fluindo na horizontal, ocupando todo o espaço destinado às práticas religiosas que serão realizadas diante dele, e em nome das divindades cultuadas e nele assentadas.
Um altar é um ponto de forças religiosas e, se devidamente erigido e fundamentado, através dele as irradiações das divindades alcançarão todos os fiéis postados diante dele.
Nós, ao contemplarmos o altar de um templo de Umbanda Sagrada, vemos imagens de santos católicos, de divindades naturais, de anjos, arcanjos, caboclos, pretos velhos, crianças, sereias, etc.
Para um leigo no assunto, a miscelânea religiosa não tem uma explicação lógica, pois junta elementos de diferentes religiões num mesmo espaço religioso, quando o mais comum é as religiões banirem de seus templos todo e qualquer elemento estranho a ela ou pertencente a outras, certo?
Mas a Umbanda é uma síntese de todas as religiões, e todas reunidas num mesmo espaço religioso.
Portanto, nela estão presentes correntes de espíritos hindus, chineses, persas, árabes, judeus, budistas, dóricos, egípcios, maias, incas, astecas, tupis-guaranis, ... e cristãos!
E cada corrente espiritual se formou sob o manto luminoso da religião, à qual seus membros formaram sua crença no Deus único e nas suas divindades humanizadas, para melhor falarem dele aos seus filhos.
Cada linha de trabalho do Ritual de Umbanda Sagrada é regida por um Orixá intermediador, que também pode ser um espírito ascencionado e assentado nas hierarquias naturais pelos senhores Orixás intermediários, que os tem no grau de seus intermediadores para a dimensão humana da vida, que é onde os seres espiritualizados (nós) vivem e evoluem.
Então os médiuns, todos com alguma formação cristã, colocam Jesus Cristo, um Oxalá intermediário humanizado, como o pontificador de seu altar, distribuindo mais abaixo as imagens dos santos sincretizados com os outros Orixás.
O sincretismo explica o uso de imagens cristãs, e o fato de que muitos espíritos que incorporam nos seus médiuns terem evoluído sob a irradiação do cristianismo as justifica. Assim como a imagem de “caboclos” índios ou soldados “romanos” (linha dórica) são explicadas como sinalizadoras de que ali baixam mentores espirituais cuja formação religiosa processou-se sob a irradiação de outras religiões.
E o uso de cristais, minérios, flores, colares de pedras semipreciosas, armas simbólicas, símbolos mágicos, etc., explica que muitas linhas de forças intermediárias, intermediadoras ou espirituais ali estão representadas, ativadas e prontas para intervirem em benefício de quem for merecedor do auxílio dos espíritos ou dos Orixás.
Os fundamentos religiosos e mágicos de um altar, só mesmo quem o erigiu pode explicá-lo. Mas o fundamento divino que justifica a existência deles nos templos, é esta:
— “Todo altar é um local onde, se nos postarmos reverentes diante dele, estaremos bem de frente e bem próximos de Deus e de suas divindades humanizadas”.
Mas existem altares naturais que são locais altamente magnetizados ou são vórtices eletromagnéticos, cujo magnetismo e energia criam um santuário natural que, se o consagrarem às práticas religiosas, neles as pessoas entrarão em comunhão com as divindades naturais regentes da natureza.
Saibam que o culto junto a elementos da natureza, onde são tidos como potencializadores da fé das pessoas não é um privilégio do Candomblé ou da Umbanda, pois todas as religiões os tem. Vamos a alguns locais:
Islamismo: culto à Caaba ou pedra fundamental da religião islâmica.
Judaísmo: culto à Montanha Sagrada onde Moisés recebeu de Deus os Dez Mandamentos.
Religião Grega: Monte Olimpo.
Taoísmo: Montanhas Sagradas.
Budismo: Montanhas Sagradas.
Hinduísmo: Rio Ganges, e muitos outros pontos da natureza.
Xintoísmo: Monte Fuji (Japão), montanha sagrada e símbolo religioso nacional do povo japonês.
Naturalismo Inglês: Stonehenge, santuário natural construído  por gigantescos monólitos, com datação de uns 3.000 anos antes de Cristo.
Hunas: Havaí, Kilauea, o vulcão sagrado.
Cristianismo: Monte das Oliveiras e a Colina do Gólgota.
Bom, paramos por aqui, pois como viram, toda religião tem seus lugares sagrados ou santos.
Umas vivem a criticar ou renegar as práticas das outras, mas algo superior conduz todas aos seus fundamentos “naturais” onde as pessoas associam locais com poderes supra-humanos e os tornam santuários ou altares a céu aberto, onde cultuam Deus e suas divindades.
A Umbanda, porque derivou dos cultos de nação (Candomblé) e fundamenta-se nos sagrados Orixás, os quais (corretíssimo) regem os elementos e a própria natureza, com a qual são associados, não dispensa seus santuários naturais.
Assim, a montanha é o santuário natural de Xangô e uma pedra-mesa é um altar, onde o oferendam.
Os rios são o santuário de Oxum, e uma cachoeira é um seu altar, onde é oferendada.
O mar é o santuário de Yemanjá, e a praia é seu altar, onde é oferendada.
As matas são o santuário de Oxossi, e um bosque é o seu altar, onde é oferendado.
E com todos os outros Orixás o mesmo acontece, pois são os regentes naturais do nosso planeta e antes de surgir qualquer religião eles já o regiam, e sempre o regerão, assim como nos regerão, pois somos seus filhos naturais.
Portanto, antes de criarem os templos e seus altares, já reverenciavam as divindades e cultuavam o divino diante de seus altares naturais localizados em seus santuários, que é a própria natureza.
As Imagens
As imagens sacras são tão antigas quanto as religiões, e têm o poder de impor um respeito único aos freqüentadores dos templos, onde são colocadas justamente com a finalidade de induzir as pessoas a uma postura respeitosa, silenciosa e reverente.
Saibam que na antigüidade mais remota as pessoas cultuavam os poderes do desconhecido mundo espiritual através da litolatria (culto das pedras tidas como sagradas), da fitolatria (culto à árvores tidas como sagradas), da hidrolatria (culto à rios ou lagos tidos como sagrados), etc.
Uma divindade era identificada com um elemento da natureza, e através dele a cultuavam.
Este hábito era comum a todos os povos espalhados pela terra, ainda na idade da pedra. E com o tempo também foi aparecendo o culto a algumas pessoas tidas como superiores. Só porque realizavam fenômenos mediúnicos ou prodígios magísticos, à volta delas criava-se toda uma mística que, mais dias menos dias, as divinizavam. Então eram “entronadas” como deuses. E seus seguidores, após sua morte, abriam o culto a elas, pois acreditavam que seriam amparados, dando início ao culto às figuras deles entalhadas em pedras ou troncos (totemismo).
Com o tempo as técnicas de entalhe foram sendo aperfeiçoadas e estátuas muito parecidas com os falecidos “incomuns”, começaram a ser feitas em série pelos artesãos de então, surgindo a antropolatria (culto a pessoas tidas como “deuses” ou divinizadas ainda em vida na carne).
Vide Jesus Cristo, Buda, São Francisco, etc., que, ainda encarnados, já eram reverenciados pelos seus seguidores como pessoas portadoras de dons divinos e de mensagens religiosas poderosas.
Saibam que isto é verdade no caso das pessoas em questão, pois Jesus Cristo fundou uma magnífica religião e a tem sustentado com sua mensagem divina e com o poder que manifesta de si mesmo, pois é um genuíno filho unigênito (nascido único) de Deus Pai. E o mesmo se aplica ao Buda, também um filho unigênito de Deus.
Com isso explicado, então que fiquem cientes que o culto ou a postura reverente diante de imagens sacras é um recurso humano muito positivo, pois elas despertam nas pessoas o respeito, a reverência, a fé e a religiosidade. E Deus não pune ninguém por orar ao seu santo e fazer promessas (desde que as cumpra), assim como não vira o rosto se alguém ajoelhar-se diante da imagem de um santo ou de uma divindade para clamar por auxílio, pois ambos respondem, mesmo, a quem tem fé em seus poderes e ajudam segundo o merecimento de quem os evocou. E até realizam milagres, caso o Altíssimo lhes ordene. Certo?
Ou vocês acham que só Jesus Cristo é um Trono de Deus que humanizou-se e espiritualizou-se para melhor se fazer entender pelas pessoas?
Saibam que Deus Pai fala aos homens através dos homens, e também costuma responder aos nossos clamores através de suas divindades, sejam elas naturais ou espiritualizadas.
Os que condenam a idolatria, não fogem à regra e praticam a “símbololatria” (reverência à símbolos sagrados) ou a “verbolatria” (respeito, obediência e sacralização de frases cuja mensagem é religiosa e despertadora da fé dos seus crentes).
As aspas são nossas, pois acabamos de criar estas duas palavras, já que muitos cabalistas crêem, corretamente, no poder dos símbolos sagrados, e muitos crêem no poder de certas frases, mantras, orações, etc.
Saibam que, num determinado nível vibratório, tanto os símbolos sagrados quanto as palavras sacras têm, realmente, ressonância magnética e sonora que ativam mistérios de Deus e poderes de suas divindades.
Logo, caso alguém aprecie as imagens sacras, então não precisa temer a ira divina, pois Deus não mede nossa fé através da forma como a externamos, mas sim através da sua intensidade e do nosso respeito e reverência diante de símbolos sacros.
Além do mais, que diferença há entre uma imagem de Jesus Cristo, que em seu silêncio nos está dizendo tudo o que precisamos ouvir e está nos mostrando em si mesmo tudo o que precisamos ver para segui-lo rumo ao Pai, e a oratória inflamada de um pregador que, brandindo seu livro santo, ameaça seus seguidores com o fogo do inferno caso não sigam à risca o que nele está escrito?
Não sabem?
Bom, então nós respondemos, dizendo isto: uma imagem sacra de Jesus Cristo, no seu silêncio “religioso”, fala ao nosso íntimo e nos faz vibrar amor e fé. Já o pregador inflamado, com seus berros e suas ameaças, apenas desequilibra o emocional de quem o ouve, e com seus gestos radicais apenas desperta o medo do inferno, mas não o verdadeiro amor a Deus ou ao seu filho unigênito, o nosso amado mestre Jesus.
Saibam que quem realmente ama Deus e tem fé no seu amparo divino não teme o diabo. Mas quem vive chamando Deus para combater os demônios que o apavoram e vivem “tentando-o”, este é só um ser emocionado e desequilibrado que ainda não vibra o verdadeiro amor e a pura fé N’Ele, o nosso Criador.
Os Templos
Os templos são os locais criados pelos homens para cultuarem Deus e suas divindades, pois no decorrer dos tempos, os antigos cultos às divindades naturais foram tornando-se difíceis, justamente por causa do crescimento populacional, que foi deslocando as pessoas para longe dos lugares onde eram cultuadas: — os pontos de forças ou santuários naturais.
Saibam que os povos antigos realizavam seus cultos a céu aberto, onde aconteciam cerimônias e festividades religiosas.
Mas, devido às longas distâncias, não era possível manter uma assiduidade aos cultos, e aí começaram a criar uma alternativa que respondesse aos anseios das pessoas que sentiam a falta do contato freqüente com suas divindades.
E surgiram os templos!
Sim, os templos atendem essa necessidade dos seres, e são tão positivos que onde houver um, ali está um local onde as pessoas se colocam de frente para Deus e suas divindades.
O fato concreto é que um templo é consagrado às praticas religiosas e dentro dele existe um campo eletromagnético que o diferencia, pois este campo é criado pelas irradiações que descem até ele desde o alto do altíssimo, inundando-o de essências religiosas despertadoras da fé.
O campo eletromagnético interno de um templo não deve ser medido ou comparado com o seu espaço físico, pois localiza-se na dimensão espiritual, onde os parâmetros são outros. Assim sendo, saibam que se no espaço físico de um templo cabem cem pessoas, no seu campo eletromagnético caberão todos os espíritos que adentrarem nele. E se entrarem um milhão de espíritos, todos serão acomodados, pois o lado espiritual da vida é regido por outros princípios e outros parâmetros, que são divinos (de Deus).
O campo eletromagnético de um templo expande-se caso precise acomodar mais espíritos, ou contrai-se após recolhê-los e direcioná-los para moradas espirituais localizadas no astral.
Saibam também que todo espírito que for acolhido, religiosamente, no campo de um templo, automaticamente e imediatamente começa a ser amparado pela divindade que rege o templo, e que ativa suas hierarquias para auxiliá-lo, curá-lo, doutriná-lo, e recolocá-lo na senda luminosa da evolução.
Mas, se um espírito não for acolhido religiosamente, então os espíritos guardiões do templo o colocam para fora ou o enviam à alguma faixa vibratória negativa, onde, junto com seus afins, também viciados, terá todo o tempo que precisar para repensar sua vida desregrada.
Por isso a Umbanda adotou o assentamento de Exu e Pombagira no lado de fora dos seus templos: — são estes guardiões cósmicos que enviam para as faixas negativas os espíritos ainda petrificados nos vícios e ainda vibrando sentimentos de ódio, vingança, etc.
Mas, ao par da atração dos espíritos guardiões, todo templo tem o recurso da Lei Maior, que cria no espaço interno dele um pólo magnético bipolar, que puxa para o “alto” os espíritos que já forem merecedores de um amparo efetivo, e envia para o “embaixo” aqueles que precisam descarregar seus vícios emocionais.
Portanto, não importa a que religião um templo pertence, pois nele Deus está presente e ativo, assim como ali está presente uma ou várias de suas divindades. Logo, caso adentrem num, peçam antes licença, e depois comportem-se religiosamente, pois senão estarão profanando um local consagrado e mostrando-se indignos de quem os recebeu com amor e boa vontade, assim como, estarão sendo vistos de frente tanto por Deus e suas divindades, como pelos espíritos que ali atuam em benefício de todos que ali vão, porque crêem no poder da religião que o erigiu como mais uma casa do Pai.
A Fé e Religiosidade
— Fé é o ato de crermos em Deus e suas divindades.
— Religiosidade é a forma como manifestamos nossa fé, que envolve nossos sentimentos íntimos e nossa postura diante de Deus e suas divindades, assim como, diante da vida e de nossos semelhantes.
De nada adianta crermos em Deus se nossa religiosidade é nula ou negativa.
Sim, quantos não têm fé na existência de Deus e de suas divindades, e crêem que atuam em nossa vida e em nosso favor nos momentos difíceis, mas só buscam esse amparo divino quando chegam ao desespero?
Muitos, não?
Pois é. Estes tem fé, mas não a cultivam com uma religiosidade em suas vidas e suas posturas no dia-a-dia.
Saibam que fé é a crença no poder divino. Já a religiosidade, é o ato de trazermos para nossa vida e nosso dia-a-dia o comportamento e a postura preconizados como qualidades superiores pela nossa religião e sua doutrina.
Se nossa doutrina prega que somos filhos de um mesmo pai (Deus), então o nosso comportamento diante de nossos semelhantes deve pautar-se por este sentimento fraterno que congrega e irmana os seres. E nossa postura diante de um nosso semelhantes deve ser de respeito e de confiança.
A nossa religiosidade nos distingue perante nossos semelhantes e nos qualifica como seres regidos por Deus e suas divindades, e todos esperam de nós uma conduta e uma postura condizente com o que nossa religião prega: — amor e fraternidade para e com nossos semelhantes.
Meditem e reflitam se vossa fé é forte e se vosso comportamente e postura a refletem ou se vossa religiosidade está precisando aperfeiçoar-se e vossa fé está necessitando de um reforço extra, pois está fragilizada pelas vossas dificuldades do dia-a-dia. Extraído do Livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” Editora Madras